13/06/2014 – O Ministério
Público do Estado de São Paulo – MPSP e a
Agência Ambiental Pick-upau, realizaram um plantio de mudas
florestais na Estância Turística de Salesópolis,
Região Metropolitana de São Paulo. A cidade localizada
a 103 km da capital paulista abriga o Parque Nascentes do Tietê.
O plantio faz parte da pegada ecológica do MPSP, realizada
pelo Programa Atmosfera.
Participaram do plantio a Promotora
de Justiça do Grupo de Atuação Especial de
Defesa do Meio ambiente – GAEMA, Dra. Tatiana Barreto Serra
e Dr. Ricardo Manuel Castro, do GAEMA de Cabeceiras; o gestor
do Parque Nascentes do Tietê, Gastão Gonçalves;
o CEO da Pick-upau, Julio Andrade e a bióloga-chefe da
Organização, Viviane Rodrigues Reis.
Entre as espécies plantadas
estão capororoca-branca (Rapanea gardneriana),
cedro-rosa (Cedrela fissilis), farinha-seca (Albizia
hasslerii), goiabeira (Psidium guajava), monjoleiro
(Acacia polyphylla), palmeira-juçara (Euterpe
edulis) e pau-viola (Cytharexyllum myrianthum),
todas produzidas no Viveiro Refazenda.
A parceria entre a Pick-upau
e o MPSP para a pegada ecológica foi assinada em janeiro
deste ano pelo Procurador-Geral de Justiça, Dr. Márcio
Fernando Elias Rosa e pela presente da organização,
Andrea Nascimento.
Sobre o Ministério Público
de SP
Procuradoria-Geral de Justiça, além de suas atribuições
administrativas, também exerce funções de
órgão de execução. A Constituição
Federal, artigo 129, ao delinear as funções institucionais
do Ministério Público, já prevê algumas
consideradas próprias de órgão de execução.
As Leis Orgânicas Federal e Estadual do Ministério
Público disciplinam as funções de execução
da Procuradoria-Geral de Justiça, respectivamente no artigo
29 (Lei nº 8.625, de 12-2-1993) e no artigo 116 (Lei Estadual
nº 734, de 26-11-1993). Funções de Execução:
art. 29 da Lei nº 8.625, de 12 de fevereiro de 1993 e art.
116 da Lei Complementar Estadual nº 734, de 26 de novembro
de 1993. Fonte: MPSP
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Promotora de
Justiça de São Paulo participa de plantio de
mudas no Parque Nascentes do Tietê.
Foto: Pick-upau/Reprodução |
Sobre o GAEMA
Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente:
Os Promotores de Justiça de urbanismo e meio ambiente têm
como missão promover e defender os valores ambientais,
urbanísticos, culturais e humanos que garantam um meio
ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras
gerações, contribuindo no processo de transformação
social. Fonte: MPSP
Sobre o Projeto Florestar
O Projeto Florestar criado pelo ato nº 61/2012-PGJ, de 29
de novembro de 2012, no âmbito do Centro de Apoio Operacional
das Promotorias de Justiça Cíveis e de Tutela Coletiva,
tem o objetivo de estabelecer uma programação de
trabalho do Ministério Público, nas áreas
de Urbanismo e Meio Ambiente, para o desenvolvimento de ações
e estudos referentes à proteção florestal
e da biodiversidade após as alterações legislativas,
em especial o novo Código Florestal (Lei no. 12.651/2012).
O Projeto Florestar conta com três frentes: o Grupo Estratégico
de Proteção Florestal; o Programa de Diagnósticos
e Integração de Entendimentos Técnico-Jurídicos;
e o Programa de Cidadania Florestal. O Grupo Estratégico
de Proteção Florestal tem como objetivos o desenvolvimento
e sugestão de estratégias de atuação
institucional no âmbito administrativo e judicial, referentes
à proteção florestal e da biodiversidade.
Já o Programa de Diagnósticos e Integração
de Entendimentos Técnico-Jurídicos tem a finalidade
de subsidiar os trabalhos dos Promotores de Justiça e Assistentes
Técnicos de Promotoria, em matéria de proteção
florestal. O Programa de Cidadania Florestal visa à integração
da atividade institucional do Ministério Público
em matéria ambiental-florestal com a comunidade em geral.
Fonte: MPSP
Saiba mais: www.mp.sp.gov.br
Sobre o Parque Nascentes do Tietê
Qualquer cidadão, paulistano ou não, sente-se gratificado
ao observar fotografias históricas da nascente do rio Tietê.
Sua descoberta e seu tombamento instigam a memória e retratam
a evolução da sociedade paulista. Em 11 de novembro
de 1988, o Governo do Estado de São Paulo criou o Parque
Nascentes do Tietê - por meio do Decreto Estadual 29.181
- que, em 1993 passa a ser administrado pelo DAEE (Departamento
de Águas e Energia Elétrica). Finalmente, em 1996,
é inaugurado oficialmente pelo então governador
Mário Covas.
A história da descoberta da nascente começou durante
a comemoração do IV Centenário de São
Paulo, em 1954. A Sociedade Geográfica Brasileira organizou
uma expedição pelo rio Tietê, com o objetivo
de revelar ao Estado uma grande descoberta: onde nascia o rio.
Após estudos e mapeamentos, chegou-se a fonte, no município
de Paraibuna (conforme documentos da época), em terras
pertencentes a Joaquim Antônio Pinto, mais conhecido como
“Joaquim Chaves”, pecuarista da região. Paraibuna
faz divisa com Salesópolis, que hoje, abriga oficialmente
a nascente. O tombamento da nascente, pelo CONDEPHAAT (Conselho
de Defesa do Patrimônio, Histórico, Artístico,
Arqueológico e Turístico do Estado de São
Paulo), de trajetória feliz - voltada para a recuperação
e preservação de um bem tão importante -,
ocorreu em 21 de fevereiro de 1990. A área, que passou
por herança à Deolinda Maria Francisca Pinto, esposa
de Joaquim e, posteriormente, com seu falecimento, aos seus oito
filhos - sob a responsabilidade da filha Terezinha Pinto Ramos
- foram efetivamente desapropriadas em 1996, para a implantação
do Parque Nascentes do Tietê.
Em 22 de setembro de 1996, Dia
do rio Tietê, foi inaugurado oficialmente o núcleo
e assinado o convênio para implantação do
parque, parceria entre o Governo do Estado (por meio do DAEE);
a Fundação SOS Mata Atlântica (núcleo
União Pró - Tietê); o GENT (Grupo Ecológico
Nascente do Tietê); o Condema (Conselho Municipal de Defesa
do Meio Ambiente) de Salesópolis; o Bioma (Educação
Ambiental); e a empresa Dixie–Toga (fábrica de embalagens).
Todo o processo ressaltou a necessidade de recuperação
dessa área de Mata Atlântica degradada por dois ciclos
econômicos principais: primeiramente, o corte de madeira
para utilização do carvão em siderúrgicas
e, depois, a devastação da mata para pastagens.
Após o tombamento, a recuperação da área
vem ocorrendo satisfatoriamente, e que essas antigas pastagens
foram cedendo lugar a nova vegetação, em alguns
locais até com indícios de mata primitiva. Atualmente,
com 1,34 milhão de m², o Parque Nascentes do Tietê
preserva e valoriza a nascente do rio e a diversidade da flora,
da fauna e características de seu entorno, permitindo que
a sociedade usufrua desse exemplo de recuperação,
como importante aprendizado de educação ambiental.
O parque encontra-se em área
coberta por Mata Atlântica, com diversidade de plantas e
animais. Possui como atrativos a observação das
nascentes do rio Tietê; visitas monitoradas e educativas
em quatro trilhas (da Nascente, da Araucária, da Pedra
e do Bosque); um museu iconográfico com fotos sobre diversos
aspectos do rio limpo ou muito poluído; o tempo em que
era navegável abrigava competições; histórico
sobre o rio; as cidades que percorre; a eclusa de Barra Bonita;
e, ainda, uma sala das águas, onde através de vidros
parecidos com tubos de ensaio, se analisa e observa a qualidade
das águas. Amostras de água do Tietê indicam
também a cor da água que vai se alterando, de acordo
com os municípios por onde o rio passa: Salesópolis,
São Paulo, Pirapora, Salto, Tietê, Barra Bonita,
entre outros. Atualmente, o Parque Nascentes do Tietê recebe
mensalmente em torno de 2 mil visitantes. O rio Tietê é
um curso d’água atípico. Embora sua nascente
se localize na Serra do Mar, a apenas 22 quilômetros do
oceano, ele corre para o Interior por mais 1.100 quilômetros,
até desaguar no rio Paraná, em Itapura, após
banhar 62 municípios paulistas. Essa característica,
que o distingue dos demais rios brasileiros, fez do Tietê
a primeira rota de penetração para o interior do
continente, já no início do século XVI, usada
por aventureiros que desbravaram os sertões, fundando povoados
ao longo de suas margens. Fonte: DAEE
Da Redação
Com informações do MPSP e do DAEE
Fotos: Pick-upau/Divulgação